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Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 276 – 2022



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Um cenário de forte concorrência global e a transformação digital no mercado de Óleo e Gás
 
César Cassiolato
VIVACE PROCESS INSTRUMENTS
 
 
 
Introdução

Com um cenário de forte concorrência global e a busca por melhorias nos processos industriais, estamos vendo um avanço exponencial de novas tecnologias aplicadas à Indústria 4.0.

Processos, fluxos de trabalho, a forma de gerir o desempenho, estão mudando drasticamente. As operações não podem mais funcionar em execução linear ou isolada das diversas áreas da indústria: o mundo, a cada dia, fica mais conectado.

A transformação digital em andamento traz novas tecnologias para apoiar o próximo salto de produtividade e performance na indústria, e envolverá a reinvenção de muitos setores ao redor do mundo, através da utilização de tecnologias de ponta.

Neste sentido, a aderência ao mundo digital tornase um fator decisivo para sobrevivência na competição. A 3ª revolução industrial, conhecida como a revolução técnico científica, foi onde tivemos um grande avanço em termos da eletrônica, principalmente nas décadas de 1970 e 1980 e, que possibilitaram a evolução das redes digitais, com sua consolidação nos anos 2000.

Com o advento da tecnologia digital, a convergência dos dados foi um catalisador para ganhos significativos para a automação e para a gestão industrial como um todo.

Tudo isso criou o caminho para que, em 2011, na Alemanha, se pudessem ter as primeiras conversas de idealização sobre a Indústria 4.0.

Vale lembrar que foram necessários mais de 240 anos, desde a criação da máquina à vapor de James Watt (1769), para ouvirmos, pela primeira vez se falar em Indústria 4.0 pela primeira vez, em 2011.

Já vemos vários segmentos industriais se preparando e se adaptando a esta transformação, deixando a tradicional estrutura de pirâmide hierárquica para a arquitetura estruturada de rede.

Com a Indústria 3.0, os sistemas de negócios foram integrados de forma linear, do sensor ao software empresarial. Embora essa arquitetura funcione, é mais complexa de implementar, pois, todas as informações precisariam fluir por todos os níveis. Também é mais difícil de se manter, pois, requer diferentes conjuntos de habilidades para gerenciar cada camada.

O setor de Óleo e Gás, por sua importância na cadeia de fornecimento, vem tornando-se cada vez mais digital. A transformação digital neste setor vem trazendo uma série de benefícios: a conectividade entre equipamentos, o uso de drones, a inteligência artificial, entre outras tecnologias, que propiciam muitos ganhos em termos de produtividade, eficiência e segurança. A digitalização e o monitoramento remoto na indústria de Óleo e Gás offshore tem sido uma inovação com resultados operacionais interessantes.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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