Revista Controle & Instrumentação Edição nº 187 2013
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¤ Artigos
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Boas práticas para implementação de sistemas
e procedimentos de segurança em plantas
piloto e de bancada
Cezar André Gonçalves, Lucas Manique Raymundo, Jorge Otávio Trierweiler
Grupo de Intensificação, Modelagem, Simulação, Controle e
Otimização de Processos (GIMSCOP)
Departamento de Engenharia Química – Escola de Engenharia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo
AA indústria química emprega processos que envolvem
substâncias inflamáveis e onde há risco de explosões. Esse
setor frequentemente trabalha com temperaturas e pressões
elevadas. Nesse contexto, o projeto e a operação de
uma planta industrial ou piloto devem ser concebidos visando à diminuição dos riscos de acidentes. A automação
tem um papel importante nesse processo e, quando bem
projetada, aumenta o nível de segurança e protege toda a
planta. Para implantar um sistema de automação adequado, é preciso antes conhecer as características e entender o
funcionamento da planta ou sistema industrial. Assim, este
artigo objetiva propor boas práticas e recomendações para
implementação de sistemas de segurança em plantas-piloto
e industriais. Como ponto de partida, são analisadas as
normas técnicas ISA-S88, IEC 61511, e Petrobras N-2549
e N-2595. A principal contribuição deste trabalho consiste
em reunir diversas práticas recomendadas nas normas em
forma de uma lista de itens que precisam ser verificados.
Muitos destes pontos são evidentes, mas podem ser esquecidos
se não estiverem devidamente listados.
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Monitoramento preditivo de motores trifásicos
Estudo de Caso*
Ideraldo A. C. Pereira
Engº eletricista-
Kron Medidores
José Rafael dos Santos
Engº Eletricista- Polietileno Sto André
José Ferreira Neto
Engº eletricista - Kron Medidores
Vicente Bonachela Jr.
Engº Eletricista - Polietilenos Cubatão
Resumo
Processos críticos em ambientes industriais demandam
especial atenção para evitar paradas não programadas que
resultam, normalmente, em impactos financeiros e/ou comprometimento
da segurança ambiental. Tradicionais ferramentas
preditivas, mesmo eficientes, requerem a presença
do homem no ambiente produtivo para a coleta periódica
de informações sobre o sistema e especialistas na interpretação
dos diagnósticos. Esta rotina torna-se mais complexa
em ambientes de difícil acesso e/ou agressivos ao homem,
pois, demandam soluções que facilitem a coleta de sinais
e assegurem o monitoramento eficiente e o diagnóstico satisfatório,
com antecedência suficiente para as precauções
necessárias, evitando a parada não programada. A tecnologia
ora aplicada no estudo de caso, tem como proposta
realizar o monitoramento contínuo e a supervisão remota,
utilizando os sinais elétricos (tensão e corrente) para geração
do modelo matemático do sistema em operação. As
informações são submetidas a tratamentos matemáticos
para a definição da assinatura do sistema, que será utilizada
para avaliar o comportamento do motor e carga acionada.
O diagnóstico é obtido de forma direta e simples, seja em
ambiente mecânico e ou em ambiente elétrico. A experiência
aplicada a uma indústria petroquímica brasileira está em operação desde março/2012 monitorando 08 acionamentos
alimentados em média tensão e 02 acionamentos
alimentados em baixa tensão na cadeia produtiva.
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Racionalização de alarmes em unidades
de refino durante a etapa de projeto, sob a
perspectiva da resiliência*
Santiago Sosa González
Consultor para TriSolutions – Controle e Otimização de Processos
Ulisses Vargas Pereira
TriSolutions – Controle e Otimização de Processos
Resumo
Entre os recursos utilizados para melhorar o desempenho
e segurança de sistemas complexos, como a operação
de plantas petroquímicas, consta a racionalização do sistema
de alarmes. O objetivo deste trabalho é apresentar uma
discussão quanto ao papel da racionalização de alarmes.
O tema é abordado através da perspectiva da engenharia
de resiliência. Como resultado é apresentado um método
para a aplicação da racionalização de alarmes. O trabalhoé contextualizado através da aplicação do método proposto,
na racionalização de alarmes em duas novas unidades de
uma refinaria, ainda na fase de projeto das mesmas. |
Como projetar um sistema de segurança de
processo
de petróleo e gás
Paul Gruhn
P.E., ISA Fellow, consultor global de segurança de processo, Rockwell Automation
Resumo
Enquanto segurança é uma preocupação em todos os
setores de produção, é especialmente importante na indústria
de petróleo e gás. Um vazamento de agente tóxico ou
explosão pode ser danoso para a fábrica ou para a comunidade
que a cerca. A inabilidade de responder efetivamente
a situações perigosas pode ser dispendiosa para a empresa
e arriscada para os trabalhadores, para o lucro, a reputação
da marca e para a confiança de consumidores e investidores.
Neste artigo, visamos às considerações de tecnologia
para os sistemas de segurança de petróleo e gás.
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Integração de sistemas segundo as normas de SIS
Edison Nishimura Sakamoto
Yokogawa Service - DCS Engineering Group Supervisor -
TÜV Certified Functional Safety Engineer
Raquel Toneto Nunes
Independent Safety Consultant - TÜV Certified Functional Safety Engineer
TÜV Functional Safety Expert Applicant
Resumo
Um projeto de integração de sistemas instrumentados
de segurança (SIS) tem características que não podem ser
tratadas como um projeto de automação convencional. As
normas de segurança funcional existentes, tais como IEC
61508, IEC 61511 e ISA S84, definem claramente as necessidades
de cada fase do projeto SIS, através do ciclo de
vida de segurança.
O objetivo deste artigo é apresentar as responsabilidades
de um integrador de sistemas de acordo com IEC
61508 e IEC 61511, começando pela equivalência com
a norma ISA S84. Não faz parte do objetivo deste artigo
apresentar formas de análise de risco ou classificação de
nível integridade de segurança (SIL), mas discutir como a
implementação do SIS pode garantir que os requisitos de
segurança sejam totalmente satisfeitos.
Temas como a gestão de segurança funcional “Functional
Safety Management” (FSM), a especificação de requisitos
de segurança, a documentação do projeto, a execução
da integração de hardware e de software, o plano de validação
segurança, a auditoria de projetos de segurança e o
gerenciamento de mudanças em projetos serão apresentados
como formas eficazes para minimizar falhas sistemáticas
na implementação do SIS.
Qual a importância das falhas sistemáticas? Para entender
isso, é necessário lembrar o que é um projeto de segurança funcional.
Lembrando os conceitos usuais de mercado, rotineiramente
associamos o SIS ao projeto de camadas de proteção ou
classificação de malhas de segurança, cujos resultados passam
por todo um projeto de engenharia de detalhamento (ex.: processo
e instrumentação) que trazem informações para o projeto
de integração do executor lógico (CLP de segurança). Todas essas
fases envolvem projeto, que envolve seres humanos. Ainda
lembrando dos conceitos usuais de SIS, há um ponto de falha
comum claro em todas essas fases: o fator humano.
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Utilização de Normas de Segurança Funcional
na NR 12 –
“Melhor é Impossível”
José Carlos de Miranda Roque
Gerente da Área de Serviços - Pilz do Brasil
Resumo
A Norma Regulamentadora NR 12 – Segurança no Trabalho
em Máquinas e Equipamentos, atualizada em 2010,
estabelece referências técnicas, princípios básicos e medidas
de proteção para assegura a saúde e integridade física
dos trabalhadores e também estabelecer requisitos mínimos
para a prevenção de acidentes durante o ciclo de vida
útil de uma máquina.
A NR 12 se aplica a máquinas e equipamentos novos e
usados e está focada em atuar preventivamente em relação
a possíveis acidentes de trabalho, priorizando as medidas
de proteção coletiva.
Para os fabricantes são requeridos o fornecimento de
máquinas ou equipamentos inerentemente seguros e fornecidos
com informações completas sobre as atividades
de construção, transporte, montagem, instalação, ajuste,
operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e
desmonte.
Para os empregadores, ela fornece medidas para adaptação
de máquinas existentes e requer que as informações
e instruções de uso e manutenção, bem como de todas as
atividades referentes à vida útil da máquina ou equipamento
sejam fornecidas aos empregados.
Embora a NR 12 e seus anexos técnicos estabeleçam
referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de
proteção, os mesmos devem ser seguidos sem prejuízo da
observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras,
nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão
destas, nas normas internacionais aplicáveis.
A norma vigente no Brasil para projetos de sistemas de
segurança NBR 14153 Segurança de Máquinas – Partes de
sistemas de comando relacionadas a segurança –Princípios
gerais para projeto, foi baseada na EN 954-1 emitida em
1996. A possibilidade de utilizar normas mais atualizadas
que atendam as necessidades de segurança de processos
que em função da produtividade utilizam tecnologias modernas
e máquinas mais complexas trará ganhos a melhoria
contínua da segurança sem perda da produtividade.
A adoção de normas como a ISO 13849-1 Segurança
de Máquinas – Partes de sistemas de comando relacionadas
a segurança – Princípios gerais para projeto ou a IEC 62061
Segurança de Máquinas – Segurança Funcional de sistemas
de comando elétricos, eletrônicos e eletrônicos programáveis
trarão melhorias de desempenho e funcionalidade em
aplicações de segurança na área de manufatura.
A nossa intenção neste trabalho não é a de realizar
uma análise detalhada destas normas, mas a de apresentálas
para os que não a conheciam e atualizar aqueles que já tiveram algum contato. Serão abordados os principais conceitos,
vantagens, desvantagens, diferenças e similaridades
com a norma anterior EN 954-1, a qual foi internacionalmente
substituída pela norma ISO 13849-1.
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Abordagem eficaz para gestão da segurança dos
processos
Erik de Groot
Honeywell Process Solutions
Resumo
As organizações industriais estão prestando mais atenção
às aplicações de segurança por diversas razões, entre
elas os regulamentos mais rigorosos e um índice maior de
relatos de incidentes em todo o mundo. É preciso que as
fábricas disponham de soluções robustas de segurança que
englobem todos os instrumentos e controles responsáveis
por manter os processos seguros em caso de falha ou desvio
inaceitável.
Este artigo aborda os desafios enfrentados na gestão da
segurança dos processos, inclusive o papel das estratégias
de defesa em profundidade para proteger os ativos críticos
nas fábricas. Ele descreve a aplicação das tecnologias
atualmente disponíveis no mercado bem como as novas
soluções para otimizar o desempenho geral da segurança e
reduzir os custos de capital e operacionais durante todo o
ciclo de vida do projeto.
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Segurança funcional (SIL) na medição radiométrica
Delso Nicola
Gerente de Produto - Medição Radiométrica – Endress
Resumo
A tarefa das funções de segurança consiste em minimizar
o risco dos processos que representam perigo às
pessoas, ao meio ambiente e bens materiais. A norma
IEC61508 descreve tanto o tipo de avaliação de risco
quanto as medidas a serem tomadas para a interpretação
das correspondentes funções de segurança dos sensores
em relação à prevenção de falhas (falhas sistemáticas) e o
controle de falhas (falhas acidentais). No presente artigo
serão abordados os equipamentos radiométricos de segurança
contra transbordo e detecção de nível máximo
que devem seguir as exigências de acordo com a norma
IEC61508.
O princípio de medição radiométrica não opera em
contato com o produto a ser medido, de forma que não
há considerações a serem tomadas para a utilização de
equipamentos, como características químicas do meio, por
exemplo.
Esta característica pode ser uma vantagem se comparada à medições convencionais, nas quais o sensor encontra-se em contato com o meio.
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