Revista Controle & Instrumentação Edição nº 172 2011
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¤ Artigos
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Funcionalidades da integração de ccms
inteligentes ao sistema de automação através
de redes de comunicação industrial
André Luís Dias -
Siemens Ltda,
Industry Sector,
Control Components and System Engineering
Dennis Brandão -
Centro de Competência Profibus,
Escola de Engenharia de São Carlos - USP
Resumo
Este artigo apresenta uma breve descrição das principais
características e vantagens de centros de controle de
motores inteligentes (CCMi) quando comparados aos centros
de controle de motores convencionais (CCM). Uma
pesquisa de campo é apresentada, onde se verifica a efetiva
aplicação de CCMi em indústrias de açúcar e etanol e
se analisa quais dos potenciais ganhos inerentes aos CCMis
estas indústrias estão efetivamente usufruindo com a utilização
da tecnologia.
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A segurança da informação sai do cenário
virtual e chega ao mundo real
Márcia Nakahara
Diretora Comercial da Symantec
Resumo
A cada ano somos testemunhas de novos avanços relacionados
à tecnologia, ciência, economia e indústria, entre
outras áreas. Observamos uma enorme variedade de ameaças
cibernéticas surgirem e mudarem o cenário virtual.
Com a evolução dos ataques – cada vez mais sofisticados – percebemos a necessidade de uma proteção ainda mais
aprimorada.
Em 2010, foi detectado o primeiro vírus capaz de afetar
o mundo físico, o Stuxnet. Este fato marca a história da
segurança da informação que entra em uma nova era, a da
espionagem e sabotagem cibernéticas. Durante o período
de descoberta do Stuxnet, pudemos observar todo o estrago
causado pelo vírus que, segundo estudos realizados pela
Symantec, é composto por um código de computador nem
um pouco simples, que exige muitas habilidades diferentes
para reuni-lo. Estima-se que o tipo de código presente no
vírus não poderia ter sido criado em menos de seis meses.
O Stuxnet é sofisticado e também o primeiro ataque
cibernético especificamente focado em atacar os sistemas
de controle industrial. Foi necessário um profundo conhecimento
destes sistemas de controle industrial, bem como
o acesso a tais sistemas para a realização de testes de “qualidade” da ameaça; novamente indicando que este é um
projeto altamente organizado e muito bem financiado. Recentemente,
a Symantec identificou o Duqu, um novo vírus
direcionado similar ao Stuxnet. De acordo com análises dos
pesquisadores da Symantec, é muito provável que o Duqu
tenha sido gerado pelos mesmos criadores do Stuxnet.
O propósito do Duqu é coletar informações e ativos das
organizações, entre elas as que manufaturam sistemas de controle
industrial, para facilitar um ataque futuro. Os invasores
estão procurando informações, como documentos de projeto,
que possam ajudar a disparar um ataque às organizações de
controle industrial. Por isso, o Duqu pode ser observado como
precursor de um futuro ataque similar ao Stuxnet.
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A busca pela inteligência corporativa
Jorge Luiz Gomes Pinto
Yokogawa América do Sul
Setor de Excelência em Produtividade
Introdução
Anecessidade de incorporar níveis, cada dia mais
acentuados, de eficiência e flexibilidade nos seus processos
diários, vem fazendo com que as corporações tenham que
dotar cada um de seus colaboradores de capacidades e recursos,
que os tornem tomadores de decisão em potencial,
no que se refere ao ambiente em que operem e ao seu
papel específico dentro da mesma.
Entretanto, para que atuem de forma imediata e coerente,
frente a situações que se apresentam a cada momento, é necessário que tenham acesso a dados e informações
oriundas dos mais diferentes setores dentro da corporação,
tanto do ambiente de gestão de negócios, tais como vendas,
finanças, compras, logística, produto etc., quanto daqueles
de chão de fábrica, tais como processo, produção,
qualidade, disponibilidade de recursos fabris, etc.
Nesse
contexto, se faz mandatório, dentro de um modelo ideal,
a concepção de uma arquitetura de sistemas integrando
os processos e os sistemas de ambos os ambientes, e que
viabilize o fluxo sinérgico de informações dentro da corporação,
de forma totalmente transparente ao usuário das
mesmas, no que se refere à sua fonte, independentemente
de onde estejam sendo geradas.
Além disso, também dentro do contexto ideal de
abordagem, dotar os sistemas envolvidos de recursos que
gerem em tempo real informações pertinentes a seus usuários,
a partir de qualquer evento ou exceção gerada, seja
ele proveniente dos processos de negócios ou fabris, e de
ferramentas e ambiente operacional que possam embutir
capacidade analítica, de forma a permitir a atuação preditiva
nos processos da corporação, antecipando-se a ação
corretiva à ocorrência de não conformidade dos processos
corporativos, qualquer que seja ela.
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Implantação de controle baseado no sistema
de execução da manufatura (MES): análise em
empresa de usinagem no setor aeronáutico
Marcelo Leite Vanderlei -
Eng. Mestre / Professor -
Curso de Tecnologia da Unip
Jorge Muniz Junior -
Eng. Dr./Professor -
Departamento de Engenharia
de Produção, FEG/Unesp
Fernando Augusto Silva Marins -
Eng. PhD/Professor -
Departamento de Engenharia
de Produção, FEG/Unesp
Gilberto Walter Arenas Miranda - Eng. Dr./Professor -
Departamento de Engenharia
Mecânica, Unitau
Resumo
O Sistema de Execução da Manufatura (MES – Manufacturing
Execution System) é uma ferramenta de controle
da produção aplicada no chão-de-fábrica que permite visualizar
e monitorar processos em tempo real, fornecendo
informações que levam a uma melhor eficiência operacional.
Este trabalho apresenta uma pesquisa exploratória,
realizada em uma empresa de usinagem e montagem de
médio porte, tendo o objetivo analisar a implantação do
MES para auxiliar a tomada de decisão referente à produção.
O trabalho também compara dois sistemas de controle
de produção: o MES com o sistema realizado de forma manual
(planilhas eletrônicas) utilizado antes de sua implantação.
As informações sobre implantação foram coletadas
por meio de questionário e validadas em grupo de discussão
com os entrevistados e acadêmicos. Entre os resultados
alcançados, identificaram-se: i) as vantagens do MES em
relação ao sistema manual, ii) a eficácia da implantação, iii)
melhoria dos resultados operacionais, iv) pontos positivos e
negativos da implantação e aplicação.
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Redundância nativa em hardware de controladores
digitais aplicados em turbo-geradores (usinas térmicas
e hidrelétricas) e turbo-compressores em refinarias de
petróleo
Eng. Ronaldo José da Silva – Gerente de Contas
Woodward Governor Company - Campinas/SP
Resumo
Embora pareça um assunto bastante difundido, ou como
se diz no popular “manjado”, persistem no mercado alguns conceitos “errôneos” quanto ao que é e o que não é redundância.
Nem todos os sistemas baseados em controladores digitais que
oferecem a opção de redundância o são de fato, como deveria
ser e naturalmente falando. Esse artigo tem o propósito de esclarecer
essa dúvida de muitos usuários da indústria de máquinas
e processos, contribuindo para a evolução sobre o debate deste
tema e elevando o nível de exigência dos usuários para o que
realmente interessa. Esse artigo irá focar especialmente controladores
aplicados em turbo-compressores e turbo-geradores,
embora sua aplicação seja mais ampla. |
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Melhoria da política de segurança das redes de
controle de processo da ArcelorMittal Tubarão
Leonardo Silva Nunes, Antônio Carlos Aguiar Gagno Júnior - Especialistas em Desenvolvimento de Automação e Instrumentação, ArcelorMittal Tubarão.
Introdução
Com o crescimento contínuo das soluções de controle,
gerenciamento e monitoração, suportadas através de redes
ethernet e, principalmente, baseadas em padrões comerciais,
como o TCP-IP, é cada vez mais exigido das empresas
aderirem a recursos tecnológicos para aprimoramento da
segurança da informação e, assim, incorporar um diferencial
aos seus processos de fabricação. Nesse contexto, as
redes de controle passam a ser utilizadas para recebimento
de tráfego não apenas inerente a controle, mas também
monitoração, gerenciamento, engenharia (downloads e
uploads), controle de manutenção (calibração, histórico,
tendência, impedimentos), dentre outros. É, portanto, necessário
realizar alguns controles objetivando garantir o desempenho
e confiabilidade requeridos para a segurança da
informação da empresa. A esse conjunto de ações dá-se o
nome de Segurança de Rede de Controle de Processo.
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Diagnóstico Inteligente para redes Profibus DP
Eduardo A. Mossin, Rafaela Castelhano Souza,
Renato Veiga Torres, Francismar A. Silva
Departamento de Engenharia Elétrica,
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo
Dennis Brandão
Centro de Competência Profibus do Brasil
Laboratório de Automação Industrial
Introdução
Redes digitais de aplicação em automação industrial,
ou fieldbuses, apresentam uma alta sensibilidade a falhas
relacionadas à sua instalação física. Dentre os fieldbuses,
tem-se que o Profibus, objeto de estudo deste trabalho,é um dos protocolos de rede mais usados na área da automação
industrial. Inobservância a requisitos técnicos como
o uso de cabeamentos excessivamente longos ou falta de
terminadores ativos no barramento, por exemplo, podem
afetar o desempenho da comunicação e alterar características
elétricas do sistema de transmissão, degradando assim
o sinal a ser transmitido.
O diagnóstico de problemas desta
natureza pode ser obtido a partir da análise do nível de tensão
dos sinais dos dispositivos da rede, do formato característico
dos mesmos sinais, ou mesmo através da análise do
comportamento destes dispositivos perante a rede, como
por exemplo, quando um dispositivo não responde às requisições
ou quando um dispositivo se conecta e se desconecta
da rede de forma esporádica. Para estas e outras
análises, este trabalho propõe o uso de sistemas inteligentes
como as Redes Neurais Artificiais (RNA) e os Sistemas Especialistas.
Além do diagnóstico, o sistema permite ao usuário
a análise visual dos sinais da camada física da rede através
de um osciloscópio e a visualização dos dispositivos que
estão ativos na rede (Live List) entre outras características.
Através do apoio deste tipo de sistema, podem-se minimizar
eventuais tempos de parada espúria da planta e consequentemente,
diminuir possíveis prejuízos em processos.
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Soluções MES verticalizadas
Selecionando e implementando uma solução MES
Daniel Bosso Gonçalves -
Product Manager - Active
Introdução
Abordagem sobre o desafio das indústrias em selecionar
uma solução de software MES que atenda as exigências
específicas de determinados segmentos, e conduzir um
projeto de implementação do software, que possui escopo
amplo e complexo. Ainda nessa abordagem serão apresentados
fatores críticos de sucesso para esse processo e a
importância de metodologias que agreguem qualidade ao
produto e ao projeto.
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Gateway inovador para comunicação sem fio
em redes Modbus RTU
Marcos Dillenburg,
Diretor de Tecnologia da Novus Produtos Eletrônicos Ltda.
Introdução
É evidente o crescimento da oferta e aceitação de redes
sem fio (wireless) no meio industrial. Questões como
confiabilidade, segurança, latência e determinismo são
diferentemente abordadas por protocolos sem fio como
WirelessHart, ISA 100.11a, ZigBee, entre tantos outros.
Estes protocolos se enquadram numa categoria mais ampla
denominada “Redes de Sensores Sem Fio”. Há grande
quantidade de material publicado e produtos comerciais
já disponíveis dentro desta categoria de redes de sensores
sem fio.
O padrão elétrico de redes de comunicação cabeada
mais difundido na área de manufatura industrial é o
EIA/TIA-485 (RS-485). Nestas redes se destaca o protocolo
Modbus RTU, um protocolo simples e com imensa oferta
de produtos em todo o mundo.
Conversores de comunicação cabeada para sem fio
impõe dificuldades de aplicação com o protocolo Modbus
RTU, devido a dificuldade em ajustar os tempos de comunicação.
Especialmente em redes em que operam produtos
de diferentes fabricantes, é muito difícil configurar estes
conversores para garantir que os pacotes de comunicação
Modbus RTU não serão fracionados durante o processo de
comunicação.
Este fracionamento pode provocar erro de
comunicação com alguns dispositivos da rede, aumentando
o tráfego com tentativas e causando grande degradação
de desempenho.
Este artigo apresenta soluções para a criação de redes
ou sub-redesModbus RTU sem fio facilmente integráveis
aos sistemas cabeados baseados neste mesmo protocolo.
Para prover a conectividade sem fio é adotado o padrão
IEEE 802.15.4, o mesmo adotado na grande maioria dos
sistemas de “Redes de Sensores Sem Fio”. Características
inerentes ao protocolo Modbus RTU, como o rígido requisito
temporal, formação e delimitação de pacotes, baixa
velocidade, número de escravos e mestre único são tratados
pelo AirGate-Modbus para garantir a correta operação
do protocolo Modbus RTU mesmo quando operando
sem fios.
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Conceitos de proteção de TI aplicados no chão
de fábrica como parte da estratégia das empresas
Andres Pirsing,
Siemens AG
Robert Gries e Ana Cristina Rodrigues,
Siemens Ltda
Introdução
D Por muito tempo, ataques hostis de vírus e cavalos de
Tróia em sistemas de automação não era um assunto para o
chão de fábrica porque as redes de dados nestas instalações
industriais estavam isoladas. No máximo, os dados de processo
eram transmitidos por telefone, quando necessário.
Entretanto, com a introdução da tecnologia Ethernet, redes
LAN sem fio e dispositivos com interface Web na indústria – para o monitoramento, gerenciamento, diagnóstico e
serviços de manutenção remotos – possibilitou a troca de
informações através das redes de TI. Por exemplo, na indústria
de saneamento, estações de bombeamento distantes
podem ser monitoradas dessa maneira, onde bombas
e outros equipamentos são controlados remotamente e de
forma econômica. A desvantagem é que a comunicação via
rede também aumenta o risco quanto à segurança da operação,
de ser alvo de ataques de hackers. Segurança industrial,
um assunto pouco comentado até alguns anos atrás, é hoje uma grande preocupação na indústria e deveria ser
parte da estratégia de qualquer empresa com sistemas de
produção automatizados.
No ano passado um cavalo de Tróia, chamado Stuxnet,
foi direcionado para invadir sistemas do mundo todo
através da internet, tendo como destino instalações industriais.
O Stuxnet explora uma série de falhas de segurança
em sistemas operacionais da Microsoft para invadir instalações
e então manipular seus sistemas de controle. Até o
final de abril de 2011, a Siemens havia registrado 24 infecções
em sistemas industriais de computadores ao redor do
mundo. Nenhum dano ocorreu e o Stuxnet foi facilmente
removido em todos os casos sem interrupção das operações
ou da produção. Poucos dias depois de o malware
(programa malicioso) se tornar público, a Siemens estava
apta a oferecer uma solução que detectasse e neutralizasse
o cavalo de Tróia. Além da correção da falha no sistema
operacional, exigiu também da Siemens uma atualização
no sistema supervisório Simatic WinCC para protegê-lo de
outros ataques. Wieland Simon, chefe de imprensa responsável
pela Siemens Industry, disse: “Agora que a Microsoft
resolveu suas falhas de segurança com os respectivos patches
(MS10-046, MS10-061, MS08-067), não nos foi mais
reportada nenhuma infecção.”
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