Revista Controle & Instrumentação
Edição nº 119 2006
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¤ Artigos Técnicos
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Desenvolvimento
de um padrão de referência para indução
magnética
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Resumo
Implementou-se um sistema de baixo custo, baseado em magnetometria
de ressonância magnética nuclear, para prover rastreabilidade
à calibração de gaussímetros na faixa
de 5 mT a 2 T. No atual estágio de desenvolvimento, com instrumentos
de uso geral no laboratório, e detectores de ressonância
magnética nuclear construídos localmente, é possível
medir densidades de fluxo magnético com incertezas de medição
de 0,01 %, e calibrar gaussímetros com incertezas de calibração
de 0,1 %. Verificou-se que uma grande contribuição na
composição destas incertezas é devida a falta
de homogeneidade e estabilidade no campo gerado pelo eletroímã.
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Estudo
quantitativo da influência do escalonamento de mensagens de
controle no desempenho e estabilidade de sistemas usando o protocolo
Foundation Fieldbustm
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Resumo
A adoção dos sistemas fieldbus nas últimas décadas
foi motivada por uma série de vantagens como a imunidade a
ruídos de comunicação, a facilidade na reconfiguração,
o fácil acesso a informações de campo, a constante
redução do custo de hardware e pela normalização
internacional. Entretanto, a arquitetura das redes fieldbus apresenta
também desvantagens como, a falta de consistência de
dados e de senso de tempo entre os dispositivos de uma rede, a vulnerabilidade
a falhas no barramento, e talvez a maior delas, o fato de todo fieldbus
ser um gargalo de comunicação, uma vez que um único
canal de comunicação é compartilhado por todos
os dispositivos e deve ser utilizado tanto para a transmissão
de variáveis críticas de processo como de informações
de baixa prioridade e de monitoramento. Esse artigo faz um estudo
quantitativo do desempenho e estabilidade de malhas de controle Foundation
FieldbusTM através de ensaios de plantas típicas, comparando
os resultados onde são aplicados dois diferentes tipos de escalonamento
de tarefas nos controladores para a transmissão de variáveis
críticas: o que prioriza as restrições de precedência
dos elementos da camada do usuário Foundation FieldbusTM e
o escalonamento que prioriza uma maior taxa de amostragem para controle
(de menor tempo de macrociclo ou maior frequência).
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Considerações
de Performance da Comunicação OPC
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Introdução
Em um mundo ideal, a integração de controle de processo
seria simples comprar o computador, equipamento de instrumentação
e elétrica de um único vendedor e conectar tudo junto
usando um padrão de rede de comunicação. Porém
em um mundo real, não funciona exatamente desta maneira. Raramente
o PLC, DCS, inversores de frequência, motores, instrumentação
de campo e dados históricos são comprados do mesmo vendedor.
E mesmo quando isso acontece, o vendedor normalmente tem muitos modelos
de equipamento que não se interconectam claramente.
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Cálculo
de incerteza de medição em ensaios cromatográficos:
um estudo de caso no ensaio de determinação de organoclorados
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Resumo
Esse artigo apresenta um estudo de caso sobre a implementação
do cálculo da incerteza de medição no ensaio
de determinação de organoclorados em efluentes no Laboratório
Bioensaios, de Viamão, RS. A sistemática utilizada para
o cálculo da incerteza segue o estabelecido pelo Guia para
Expressão da Incerteza de Medição da ISO (ISO
GUM), edição 2003. O cálculo foi realizado pela
Certificar, empresa especializada em prover soluções
para processos de acreditação e manutenção
da acreditação de laboratórios. O artigo começa
com uma breve revisão sobre os princípios e o passo-a-passo
para o calculo da incerteza de medição. Na segunda parte
é enfocada a aplicação deste procedimento no
ensaio de organoclorados. Em seguida, são discutidos os resultados
obtidos através deste projeto, que levou ao estabelecimento
da estimativa da incerteza do ensaio.
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Redes industriais
panorama histórico e novas tendências
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Introdução
Ao observar o segmento de automação industrial no decorrer
das últimas décadas, não é difícil
identificar o advento das redes industriais como uma inovação
de grande impacto nas mais diversas perspectivas. Estas perspectivas
vão desde o conceito básico de projetos de automação
até a saturação de dados disponíveis sobre
o processo e os equipamentos, passando por qualificação
profissional e complexidade de avaliação de retorno
sobre investimentos. Ou seja, um tema de impacto amplo e transversal
na vida das pessoas envolvidas em gestão, engenharia, operação
e manutenção de sistemas automatizados.
Está claro que o assunto veio para ficar, com seus consensos
e polêmicas. Este novo campo da tecnologia digital já
nos acompanha de forma contínua e progressiva por um longo
período, sem evidências de perder espaço nos laboratórios,
congressos e rodas de conversa. Para colocar lenha na fogueira, de
tempos em tempos surge uma nova onda tecnológica, mas que não
costuma eliminar as ondas anteriores. Ao contrário disso, adiciona
novos ingredientes e temperos neste universo que já não
é trivial.
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Uma visão
geral das tecnologias de descrição de instrumentos dos
Protocolos de Comunicação Industrial
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Resumo
Em grandes plantas de processo é comum a presença de
diferentes tecnologias de redes de campo para atender a todas as áreas
e processos, como por exemplo, Profibus, Hart, FF, etc. Cada uma dessas
redes de campo necessita de um software configurador diferente, bem
como outros tipos de software. Existe certa dificuldade associada
ao uso de diferentes softwares configuradores, pois levam o usuário
muitas vezes a erros por ter de usar funções de exportação
e importação de dados para unificar as informações
a fim de produzir relatórios, documentos, bases de dados integradas,
histórico de trocas e de manutenção de dispositivos,
etc. Uma linguagem de descrição de dispositivos independente
de protocolo de comunicação proveria ao software configurador
a possibilidade de comunicação com diferentes protocolos
e, desta forma, a garantia de unificação de informações
no domínio de apenas uma ferramenta. Isso pouparia o usuário
de tentativas de unificação de informações
manuais propensas a erros, além de possibilitar uma interface
IHM segura, amigável e padronizada. Esse artigo aborda as tecnologias
de descrição de dispositivos existentes atualmente,
entre as quais Device Description (EDDL), FDT/DTM, GSD, GSDML, FDCML
e uma visão sobre o potencial de integração inerente
a cada tecnologia apresentada no atual contexto dos protocolos de
comunicação industrial.
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Aplicação
da rede ethernet TCP/IP à troca de dados de intertravamento
entre CLPs
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Resumo
A rede ethernet TCP/IP pode ser utilizada para a troca de mensagens
de intertravamento entre CLPs devido aos avanços tecnológicos
disponíveis para aplicação em sua estrutura como
o switch, a padrão 100BaseT e modo de comunicação
full-duplex. Baseado nesses aspectos deve ser montada uma rede com
uma estrutura extremamente simples e eficaz e tomar alguns cuidados
com relação ao volume de dados trocado por cada instrução.
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OPC UA e o
Fieldbus
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Introdução
Desde o momento que o padrão Fieldbus se tornou largamente
utilizado no chão de fábrica, temos tido cada dia mais
nos deparado com um grande conjunto de novas informações
que podemos colher do processo. São informações
de diagnóstico, alarme, histórico, dados complexos,
calibração, etc. Toda esta gama de informações
está lá no equipamento, esperando para ser ativada.
Acontece que grande parte dos sistemas de supervisão e controle
existentes no mercado não tem acesso completo ao modelo de
informações disponíveis. Apesar de hoje termos
uma especificação largamente difundida para acesso a
dados de controle de processo, o padrão OPC, ainda é
uma especificação que não está completa
para acessar todo o conjunto de informações estruturadas
que são mapeadas no padrão Fieldbus.
Podemos ir além e mencionar que ao desenvolver novos mecanismos
para ter acesso completo a informação mencionada, vamos
nos deparar com exigências impostas pelas corporações
no tocante à segurança de acesso aos dados. Afinal,
queremos ou não ter acesso à informação?
Isto tudo já foi colocado em discussão, portanto, atenção
para a nova especificação OPC UA (Unified Architecture)
ou Arquitetura Unificada. Esta especificação pretende
não só resolver as limitações mencionadas
anteriormente, mas também proporcionar um padrão bastante
completo de mapeamento para diversos modelos de informação
existentes, e até para futuros outros que virão a ser
criados.
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Gestão
do conhecimento em laboratórios
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Resumo
A comunicação atingiu estágio sem limites geográficos
devido a evolução da informática e a globalização.
Desta forma não há mais fronteiras para a raça
humana quanto a troca de informações, e assim, as atitudes
e pensamentos se interligam originando uma nova era, mais dinâmica,
a globalizada. Também a competição, entre organizações,
vem mantendo ritmo acelerado, obrigando-as a estarem preparadas para
tomarem decisões rápidas e acertadas, decisões
estas que dependem do conhecimento gerido. Portanto, o conhecimento
organizacional deve estar em constante atualização e
isto implica no domínio de uma visão exata de seus laboratórios
que requerem a todo instante a melhoria de seus serviços, bem
como a capacidade de gerar inovações rápidas,
de uma forma dinâmica e estar continuamente se reeducando, capacitando
tecnologicamente e envolvendo todas as pessoas inseridas neste processo.
Portanto, qualquer laboratório requer a aplicação
da Gestão do Conhecimento, para poder administrar da melhor
forma possível as imposições que se apresentam
diante da competição do mercado. Assim, este trabalho
tem o objetivo de desenvolver o conhecimento em laboratórios
e mostrar a importância de mapeá-lo de forma a gerir
um laboratório eficaz, tornando a sua utilização
mais proveitosa, e, saber fazer uso de seu potencial, tornando-o preparado
e competitivo. Pois, a existência no laboratório de volume
de conhecimento retido e gerenciado, as exigências, que são
frutos da competição, não passarão despercebidas
e poderão ser superadas com sucesso.
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Basta atender
o telefone!
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Resumo
A cada dia, mais empresas estão usando telefones celulares
e palms, juntamente com a rede industrial Ethernet, para combinar
aplicações comerciais, empresariais e industriais em
uma única rede. É uma mudança no mundo da automação
industrial.
Os telefones celulares e palms são divertidos e práticos.
Não seria ótimo se essas tecnologias comerciais pudessem
tornar sua vida no chão-de-fábrica mais fácil?
Ao usar as redes industriais Ethernet padrão para combinar
aplicações comerciais, empresariais e industriais em
uma única rede, empresas em todo mundo já estão
fazendo isso. Dessa forma, eles estão encontrando novas oportunidades
de melhorar a maneira como operam os negócios e como os funcionários
trabalham.
E por que não usar essa tecnologia? Esses dispositivos foram
inicialmente projetados para as pessoas que estão sempre em
trânsito, e os engenheiros do chão-de-fábrica
se encaixam com facilidade nessa categoria; basta ver os agendamentos
de produção 24/7 de hoje em dia. Muitas equipes no chão-de-fábrica
agora podem sair do escritório e usar as tecnologias comerciais
para lidar com os problemas no momento em que aparecem.
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Suporte à
intercambiabilidade de equipamentos no FF
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Resumo
Com alguns cuidados por parte do usuário e com o suporte de
uma ferramenta de configuração é possível
obter um bom nível de intercambiabilidade no FF.
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Integração
de redes: uma necessidade para conexão entre sistemas existentes
e novas arquiteturas modernização da máquina
de secagem IV
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Resumo
O constante aumento de produção nas empresas tem requerido
investimentos em novos equipamentos ou na troca de parte dos existentes.
Com esta necessidade, surgem situações onde o antigo
tem que existir com o novo e a integração dos equipamentos
existentes com os novos deve acontecer de maneira perfeita para que
a confiabilidade e rendimento do equipamento modificado sejam no mínimo
iguais aos das novas partes. Para obtenção deste resultado,
os sistemas de controle devem estar totalmente integrados, permitindo
uma operação estável, contínua e segura.
O caso apresentado mostra de maneira clara a integração
das arquiteturas de controle de uma máquina de secagem de celulose,
que envolvem os controles de velocidade, processo, automação
de centro de controle de motores e segurança da máquina,
onde a integração de oito redes (NodeBus, ProfiBus DP,
Ethernet, Remote I/O, DH+, DeviceNet e ControlNet) foi feita de maneira
para que todas as condições de segurança, tanto
de pessoas quanto de equipamentos, fossem satisfeitas (considerando-se
tempos de atuação e resposta). O artigo mostra também
todas as possibilidades avaliadas para as integrações
dos sistemas e as justificativas das escolhas, apresenta a configuração
da arquitetura final, a análise dos pontos críticos
que foram gerados e, finalizando, a análise global do sistema
e os pontos de melhorias para futura redução das interfaces
com o mínimo custo possível.
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Evolução
dos Protocolos de Comunicação
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Resumo
As redes industriais de campo, de controle e gerenciamento são,
dentre outras vantagens, responsáveis pela grande redução
no volume de cabos e, por conseqüência, de leitos, tempo
de instalação e espaço físico ocupado
por painéis de controle de processos em plantas industriais.
Atualmente há uma grande disponibilidade de instrumentos, sensores
e dispositivos de acionamento capazes de se comunicar com um CLP (Controlador
Lógico Programável), SDCD (Sistema Digital de Controle
Distribuído), um simples PC ou palm tops. As possibilidades
de controle e diagnóstico de uma planta projetada e montada
com o que há de mais moderno no mercado são infinitas,
gerando confiabilidade no processo e antecipação às
paradas por falha de algum equipamento. São muitos os protocolos
disponíveis no mercado, divididos em protocolos proprietários
(exclusivos do fabricante) e abertos (mantidos por uma organização
independente). Dada a extensão do assunto, neste
breve artigo, trataremos um pouco da história de como tudo
começou até a atualidade, comparando as características
básicas de alguns protocolos em uso hoje na indústria.
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