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A calibração dos instrumentos de medição
é imprescindível pra o bom funcionamento do equipamento.
Não é à toa que a demanda por esta atividade
técnica vêem crescendo nos últimos anos, resultado
da preocupação das indústrias com o controle
dos processos de produção e conseqüentemente
com a qualidade dos produtos.
O primeiro passo da calibração é identificar
os equipamentos e sistemas que irão fazer parte do plano
de calibração. É necessário também,
fazer um levantamento das tolerâncias dos processos ou das
melhores capacidades de medição, assim como, determinar
a periodicidade da confirmação metrológica
a ser adotada.
Ligado à Secretaria da Ciência e Tecnologia, o IPT
instituição centenária do Governo do
Estado de São Paulo através do Centro de Metrologia
Mecânica e Elétrica do Instituto de Pesquisas Tecnológicos
realiza cerca de cinco mil calibrações-ano. Estamos
com muita solicitação de calibração,
infelizmente não conseguimos atender a todos os nossos clientes
no prazo que gostaríamos, relata a diretora do IPT,
Marisa Ferraz, que presta serviços de calibração
no Brasil e pra países vizinhos, como Argentina, Paraguai,
Uruguai, Colômbia.
Segundo o pesquisador do IPT e da equipe de Marisa, Manuel Castanho,
os laboratórios brasileiros de calibração vem
se atualizando tecnologicamente e equipara-se aos de países
desenvolvidos. Mantemos reuniões periódicas
com outros laboratórios acreditados pela RBC (Rede Brasileira
de Calibração) e também com Inmetro, onde discutimos
questões técnicas, dificuldades, tendências
e harmonização de calibração,
afirma Castanho.
Os serviços de calibração e de ensaio contribuem
com uma parcela significativa no faturamento total do IPT. O Centro
de Metrologia Mecânica e Elétrica é responsável
também pela rastreabilidade da maioria dos instrumentos/equipamentos
utilizados em ensaios e calibrações nos demais laboratórios
do IPT.
Para este ano, o IPT está instituindo a nova versão
da norma de qualidade laboratorial, a ISO 17025:2005. Este requisito
é essencial para o laboratório ser acreditado pela
Rede Brasileira de Calibração e Inmetro.
Instrumentos auto-calibráveis e eletrônica na calibração
Segundo o engenheiro de aplicação da Presys, Newton
Bastos, instrumentos que se dizem auto-calibráveis não
seguem os requisitos metrológicos da calibração.
Os instrumentos auto-calibráveis não seguem
uma referência, não têm padrões. A auto-calibração
pode ser considerada um auto ajuste, porque calibrar é comparar
com um padrão certificado, afirma Bastos.
O diretor da Conaut, Ricardo Fuchs, partilha da mesma opinião
do engenheiro da Presys. Segundo Fuchs, o termo auto-calibrável
não é válido como uma calibração,
pois o procedimento não teria uma referência especifica.
O fato é que em alguns casos, a auto-calibração
funciona como uma simples verificação se o instrumento
está bom ou não para o uso. Ele realiza um simples
auto-diagnóstico.
Em relação ao uso de recursos computacionais na calibração,
Bastos afirma que a eletrônica está presente em softwares
que permitem uma automatização da calibração.
A idéia é explorar a automatização
da calibração, porque proporciona ao cliente através
dos softwares de calibração, levar os padrões
em campo e analisar os números de maneira eficaz com artigos
eletrônicos, comenta Bastos.
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