Revista Controle & Instrumentação
Edição nº 93 Junho de 2004
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Artigos Técnicos
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Avaliação da
competência dos institutos
nacionais de metrologia |
José Ricardo da Silva
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial, Rio de Janeiro, Brasil
D. Sc. João Alberto Neves dos Santos Universidade Federal
Fluminense, Niterói, Brasil |
O Bureau Internacional de Pesos e Medidas BIPM é
um organismo intergovernamental criado quando da implantação
da Convenção do Metro em 1875. Sediado na França,
sua responsabilidade primeira foi conservar os protótipos
internacionais e encarregar-se das equivalências de novos
protótipos, com os valores fundamentais empregados nos diferentes
países e nas ciências.
Com a evolução da padronização absoluta
das unidades de medida, baseada nas Constantes Fundamentais da Física,
em substituição aos padrões-artefato, a figura
do guardião das referências metrológicas
internacionais vem perdendo sua função. Atento a essa
mudança, o BIPM, através do Comitê Internacional
de Pesos e Medidas CIPM - soube defender e ocupar um novo
e nobre espaço, não se abalando com a forte onda da
metrologia quântica subatômica.
A nova atribuição do BIPM foi formalizada em 1999,
quando da proposição de um Acordo de Reconhecimento
Mútuo (cuja sigla do termo em inglês é MRA)
entre Institutos Nacionais de Metrologia. O Bureau passa a ser o
organismo que irá operacionalizar as diretrizes do MRA. Tais
diretrizes fundamentam-se na condição de que as bases
da metrologia passam a ser fixadas mais intensamente em conhecimento
científico. É a partir deste momento que se concede
aos Institutos Nacionais de Metrologia o próprio estabelecimento
de seus padrões, seja através da realização
primária das unidades, ou da própria calibração
junto ao BIPM, ou instituição metrológica de
outro país (reprodução da unidade). O elo que
conduzirá ao chamado reconhecimento mútuo é
a declaração de equivalência dos padrões
de medida e certificados de calibração.
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Certificados de calibração
e relatórios de
ensaio eletrônicos |
Georgio Raphaelli do Nascimento
Cali Labsoft Ltda |
Com a publicação da NBR ISO/IEC
17025 ficou clara a possibilidade da utilização de meios
eletrônicos para armazenamento e divulgação de
informações e resultados dos laboratórios de
calibração ou de ensaios, porém os benefícios
de tal uso continuam sendo ignorados atualmente em função
de um misto de falta de conhecimento e resistência a mudanças.
Apesar dos benefícios serem muitos, tanto para o laboratório
quanto para o cliente, a utilização destes recursos
continua sendo fonte de temores quanto à validade ou não
da utilização destes mecanismos que podem trazer economia,
rapidez e segurança aos envolvidos.
Este trabalho ter por objetivo discutir a aplicação
da norma em documentos eletrônicos laboratoriais e desmistificar
este assunto que continua sendo fontes de incertezas em função
da falta de conhecimento das tecnologias disponíveis, técnicas
de segurança da informação e, em boa parte, pela
falta de casos práticos que evidenciem a aplicação
dos requisitos da norma.
Para tanto este trabalho discute as técnicas e tecnologias
para segurança da informação, as aplicações
dentro do laboratório e a aplicação destas tecnologias
para o atendimento da norma na emissão, envio e manipulação
de certificados de calibração eletrônicos e relatórios
de ensaios.
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Critérios para análise
dos resultados apresentados em
um certificado de calibração |
Rima Yehia Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo S.A. - IPT |
A necessidade de se obter rastreabilidade para
todos os instrumentos, equipamentos ou dispositivos de medição
que possam ter efeito significativo sobre a exatidão ou validade
de algum resultado já é uma prática amplamente
disseminada pelos laboratórios e organizações
que possuem um sistema da qualidade formalmente reconhecido por algum
organismo de certificação ou credenciamento.
A rastreabilidade é obtida por meio da calibração.
Entretanto, não basta apenas calibrar os instrumentos, equipamentos
ou dispositivos de medição. O usuário deve analisar
o certificado recebido, principalmente os resultados relatados, com
base em alguns critérios preestabelecidos e, então,
decidir qual encaminhamento deverá ser adotado.
Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre os aspectos envolvidos
na análise de um certificado de calibração e
sugerir alguns critérios que podem ser adotados para se assegurar
que o instrumento, equipamento ou dispositivo de medição
está adequado ao uso.
Também serão fornecidas recomendações
para a execução da análise de conformidade em
cada ponto calibrado (quando não estiver declarada no certificado)
e opções de encaminhamento para o tratamento de resultados
não-conformes. |
Calibração interna
de um sistema de HPLC |
Gianfranco Brendolan, Msc
SGB Consultoria Química Ltda |
Constantemente nós deparamos com problemas
no HPLC, que necessitam de reparos, e muitas vezes estes reparos podem
ser feitos sem a necessidade de um técnico, reparos como troca
de selos ou até mesmo, troca de pistão ou check valve,
etc.
Mas quando isto acontece temos a ISO 17025, que nos obriga a fazer
uma re-calibração, pois mechemos em partes vitais, aí
mais custos.
O objetivo do presente trabalho é mostrar como podemos realizar
uma calibração interna eficiente e aceita por qualquer
auditor, avaliando se fluxo, pressão, outros limites e detector
se necessário, sem a necessidade de se chamar um técnico
externo, e sem o uso de qualquer tipo de software. |
Automação do processo
de calibração de pilha padrão
utilizando o software de instrumentação Labview |
Cesar Augusto Botura, Caio Faria Collet Silva,
Mário Afonso Ribeiro do Canto
CTA Centro Técnico Aeroespacial / IFI Instituto
de Fomento e Coordenação Industrial / FCM Divisão
de Confiabilidade Metrológica LME Laboratório
de Metrologia Elétrica |
O objetivo deste trabalho é automatizar
o processo de calibração da grandeza tensão contínua
e fixar a sistemática de controle , manutenção
e transferência da tensão contínua, com base na
referência da pilha de estados sólido e química.
A técnica utilizada para a medição das pilhas
Padrão é a oposição em série. Nessa
técnica, o medidor utilizado indica a diferença de potencial
entre duas pilhas (valores na ordem de microvolts).
Neste trabalho é apresentado a automação de calibração
de um conjunto de pilhas padrão selecionadas através
de um seletor eletrônico. O processo é automatizado utilizando
o software de instrumentação LabView, que abrange desde
o controle, aquisição e armazenamento de dados para
elaboração do certificado com a respectiva incerteza.
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Como determinar se o resultado
de uma calibração ou
ensaio foi modelado adequadamente |
M.Sc. Charles R. Stempniak;
M.Sc. Wagner R. Landgraf
AUTOMA Consultoria & Informática Ltda |
Resultados de medições são
informações decorrentes dos trabalhos feitos nos laboratórios
de calibração e ensaios. Também são necessários
na maioria dos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento ou no controle
de qualidade de processos e produtos na indústria. O resultado
de uma medição é sistematicamente tratado pelo
Guia Para Expressão da Incerteza de Medição [1],
aceito e conhecido internacionalmente como GUM. Esta abordagem faz
parte também dos requisitos de muitos documentos da qualidade
como a ISO/IEC 17025[2], EURACHEM/CITAC [3], EA4/02 [4], dentre muitos
outros.
O resultado de uma medição deve fornecer uma estimativa
realista para uma determinada grandeza específica (mensurando),
com um nível de confiança (probabilidade de abrangência
[5]) conhecido. Este resultado deve fornecer uma aproximação
do valor verdadeiro da grandeza (média obtida em uma situação
particular de medição) e deve incluir sua incerteza
de medição, que representa quantitativamente a dúvida
inerente à determinação desta grandeza [1].
Medir e expressar este resultado, corretamente, constitui o objetivo
principal de toda calibração ou ensaio. |
Análise dos Erros de Correlação
na Integração Adaptativa de Sensores em Sistemas Multicoordenados
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Rafael Cardoso, Elder Moreira Hemerly,
Helder Tavares Câmara e Hilton Abílio Gründling
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Este artigo investiga o impacto que erros no cálculo
das funções de correlação das inovações
têm sobre a identificação dos ganhos, em regime,
do filtro de Kalman. Esta questão é pertinente em todas
as aplicações em tempo real, onde as correlações
devem ser calculadas, com base em dados experimentais. Um algoritmo
para integração adaptativa de múltiplos sensores
em ambientes multicoordenados, presente na literatura, é considerado
e equações descrevendo o impacto dos erros nas funções
de correlação são desenvolvidas. Resultados de
simulação são apresentados e discutidos. Finalmente,
também são apresentados resultados experimentais do
algoritmo adaptativo aplicado a um servomecanismo de posição.
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Transmissores de Pressão
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César Cassiolato
Gerente de Produtos Smar Equipamentos Ind. Ltda |
É notável o avanço da Física
e eletrônica nos últimos anos. Sem dúvida de todas
as áreas técnicas, foram as mais marcantes em desenvolvimentos.Hoje
somos incapazes de viver sem as facilidades e benefícios que
estas áreas nos proporcionam em nossas rotinas diárias.Nos
processos e controles industriais não é diferente, somos
testemunhas dos avanços tecnológicos com o advento dos
microprocessadores e componentes eletrônicos, da tecnologia
Fieldbus, o uso da Internet, etc.
Comentaremos neste artigo sobre um importante equipamento de campo
na automação e controle de processos: Transmissor de
Pressão. Este equipamento é amplamente utilizado, com
inúmeras funcionalidades e recursos.Para se ter uma idéia,
podemos ver na figura 1 que a grande maioria dos processos industrias
envolvem medições de pressão(93%) e lembrando
ainda, que a pressão é uma grandeza básica para
a medição e controle de vazão, nível e
densidade, etc. |
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