Revista Controle & Instrumentação Edição nº 220 2016
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Preciso, compacto e integrado: o futuro dos
MFCs
para baixas vazões de gás
William Kishi
Field Segment Manager LATAM para Gas na Bürkert Fluid Control Systems
O presente artigo tem como objetivo abordar de forma
sucinta as principais vantagens da tecnologia embarcada
nos MFCs ou Mass Flow Controllers, bem como algumas
características que o tornam excelentes soluções para medição
de vazão de gases. Diante de um cenário onde temos
diversas novas tecnologias despontando fortemente, como
enxergarmos o futuro para estes medidores com princípio
de funcionamento descoberto há mais de 100 anos?
Atualmente vivemos um modelo em que é visada a
otimização de processos através de inovações tecnológicas
em automação e controle, bem como na tecnologia da informação
com o foco nas indústrias de manufatura. Como
os MFCs podem contribuir positivamente com o desenvolvimento
da nova Indústria 4.0?
Para iniciarmos falando de futuro, precisamos primeiramente
relembrar o passado e entender de onde vem esta
tecnologia e como ela pode ser bem aplicada na indústria.
Em se tratando do efeito de transferência de calor pela
vazão, Louis Vessot King, um físico Canadense descreveu
matematicamente no ano de 1914 um efeito chamado de
“dispersão térmica” ou “King’s Law”.
Basicamente, os medidores são constituídos de 2 sensores
de temperatura. O primeiro mede a temperatura do gás,
o segundo é aquecido por uma corrente constante até chegar
a um ?T estabelecido (cada fabricante possui um valor próprio).
Quando não há fluxo, o ?T é o mesmo entre os dois
sensores. No entanto, com o aumento da vazão as moléculas
de gás, que tem capacidade de absorção de calor, resultando
no esfriamento do sensor. A eletrônica entende esta queda
de temperatura e envia mais corrente para aquecer o sensor
novamente até chegar ao mesmo ?T pré-estabelecido. Este
valor é proporcional à vazão mássica.