Revista Controle & Instrumentação Edição nº 210 2015
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Cover Page
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Reuso já é realidade na
indústria de São Paulo |
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O Aquapolo Ambiental é o maior empreendi- mento para a produção de água de reuso in- dustrial na América do Sul, e quinto maior do
planeta. Resultado de parceria entre a Odebrecht Ambiental e a Sabesp - Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo, pode fornecer por contrato até
650 L/s de água de reuso para o Polo Petroquímico da
Região do ABC Paulista. Isso equivale ao abastecimento de uma cidade de 500 mil habitantes, como Santos,
por exemplo. |
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A água de reuso industrial pode ser definida como a
água que atende às necessidades da indústria após tratamento terciário dos efluentes de Estação de Tratamento
de Esgoto.
O Aquapolo atende à demanda de consumo do Polo
Petroquímico de Capuava, em torres de resfriamento
e produção de vapor, a partir do esgoto tratado na ETE
ABC. Vale salientar que esta água não pode ser utilizada
para consumo humano ou em higiene pessoal. |
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Estação Elevatória de Baixa Carga
A estação elevatória da baixa carga (figura 4) é formada por bombas que enviam parte do efluente tratado -
que seria enviado ao Córrego dos Meninos - para o início
do processo de filtração de água. Neste ponto, existem
alguns instrumentos que efetuam a medição dos parâmetros de qualidade do efluente tratado. |
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Filtros de disco
Nos filtros de disco (figura 5) é onde se inicia o
processo de tratamento de água industrial. O sistema
se caracteriza por filtros que retiram sólidos de até 400
microns do efluente, visando a remoção de material
sólido que possa agredir ou prejudicar a filtração através das membranas. Este sistema também possui duas
bombas que efetuam a retrolavagem dos filtros ou por
diferencial de pressão entre entrada e saída dos filtros,
que ocorrem quando o efluente está fora de especificação, ou por tempo pré-determinado pela equipe de
operação.
Junto aos filtros de disco existem 16 válvulas eletromecânicas on/off controladas por rede Profibus (figura 12)
e dois motores de 55KW/75 HP controlados por soft starter via rede Profibus. |
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TMBR
O TMBR (figura 6) realiza tratamento biológico (zona
anóxica e aeróbia) e em seguida faz a ultrafiltração através de membranas (retenção de sólidos e bactérias de até
0,05 microns). |
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O permeado é produzido a partir dos módulos de
membranas (figura 7), através de bombas de lóbulo dedicadas, e equipadas com inversores de frequência. As
bombas são reversíveis e executam as duas operações:
produção e retrolavagem (backflush). Durante a produção normal, as bombas têm a velocidade controlada para
manter uma taxa de fluxo ideal, conforme determinado
pelo nível da biologia (zona aerada). |
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Está prevista dosagem de químicos na etapa de tratamento biológico visando incrementar a qualidade da
água final do MBR, em termos de nitrato, condutividade
e fósforo no permeado.
No TMBR existem 45 válvulas ON/OFF pneumáticas com acionamento por solenoide (figura 8), 9 bombas
de lóbulos de 55KW/75 HP controladas por inversor de
frequência via rede Profibus (figura 9), cinco bombas de
15KW/20HP controladas por inversor de frequência via
rede Profibus, seis mixers de 1,7KW/2,28HP controlados
por relé de monitoramento de motor inteligente via rede
Profibus, quatro mixers de 3,5 KW/4,7HP controlados
por relé de monitoramento de motor inteligente via rede
Profibus, 10 bax de 9KW/12HP controlados por relé de
monitoramento de motor inteligente via rede Profibus, 13
motores de 1KW/ 2HP para dosagem de químicos, controlados por inversor de frequência via rede Profibus. |
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No sistema auxiliar do TMBR existem três sopradores
de 300KW/400HP controlados por inversor de frequência via rede Profibus e outros dois sopradores de 110KW/
150HP controlados por inversor de frequência via rede
Profibus.
Osmose Inversa
A Osmose Inversa (figura 10) é acionada quando há
necessidade de reduzir a condutividade |
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E lá existem duas bombas de 298KW/400HP, uma
bomba de 55KW/75HP e outras 10 bombas de 0,5KW/
1HP, todas controladas por inversor de frequência via
rede Profibus. E, para dosagem de químicos, existem quatro válvulas on/off controladas por rede Profibus e outras
duas válvulas de controle proporcional controladas por 4
a 20mA.
Dióxido de cloro
O dióxido de cloro (ClO
2) (figura 11) é um poderoso
oxidante, utilizado principalmente nas etapas de oxida-
ção e de desinfecção do tratamento de águas e também
no tratamento de efluentes. |
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Estação Elevatória de Alta Carga
A estação elevatória de alta carga (figura 12) é um
sistema de bombeamento da água já tratada pelo processo através de uma adutora de 900 mm de diâmetro
e 17Km de extensão (figura 13) para chegada no cliente
final, no caso, 11 empresas do polo petroquímico de Capuava, onde são distribuídas depois de passar por
uma torre de equilíbrio. A estação possui três Bombas
submersíveis de 110 KW/150 HP controladas por inversor de frequência via rede Profibus. |
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Nos clientes, existem 11 válvulas de controle proporcional de vazão com atuadores elétricos.
A instrumentação analítica na Aquapolo trabalha
com 54 instrumentos online para supervisão e controle
de qualidade de água (figura 15), sendo eles:
• 8 instrumentos de análise de sólidos suspensos totais
• 7 instrumentos de análise de turbidez
• 11 instrumentos de análise de PH • 15 instrumentos de análise de condutividade
• 7 instrumentos de análise de dióxido de cloro (ClO
2)
• 1 instrumento de análise de ORP (Potencial de Oxidação/Redução)
• 2 instrumentos de análise de OD (Oxigênio Dissolvido)
• 2 instrumentos de análise de nitrogênio amoniacal
• 1 instrumento de análise de ferro II e III
Além disso, conforme período pré-estabelecido em
contrato, são analisados via laboratório os seguintes parâmetros: alumínio, cobre, ferro, manganês, DBO, DQO,
fósforo, índice de fenóis, surfactantes, óleos e graxas, dureza, sílica e sulfetos. |
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Além dos medidores analíticos, também são utilizados para controle e supervisão do processo (Figura 16),
transmissores de pressão (comunicação Hart), medidores de vazão eletromagnéticos, Medidores de vazão tipo
vortex, medidores de vazão térmico, transmissores de
nível ultrassônico, transmissores de nível hidrostático,
chaves de nível capacitiva, Chaves de nível condutiva e
Pressostatos.
São utilizados redes de comunicação Profibus DP (figura 17) e Hart para o nível de campo e Ethernet Modbus
TCP/IP para o nível do CLP e gerenciamento (figura 18). A
comunicação não utiliza wireless, e sim GPRS e fibra ótica. |
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Todo o sistema
opera automaticamente através de
CLP (figura 19), necessitando somente de um operador
para supervisão da
planta através do
sistema supervisó-
rio (figura 21). Além
disso, ainda existe
um historiador todos
os dados, e um MES
para gerenciamento
do processo. |
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Como a planta é grande, existem sete CLPs instalados estrategicamente e todos se comunicando via rede
Ethernet TCP/IP (fibra ótica). Há também a comunicação
com os clientes, que é feita via Ethernet TCP/IP, além de
uma rede redundante GPRS para caso de perda de comunicação via Ethernet (Fibra ótica).
A Aquapolo recebe sinal online da qualidade do
efluente tratado pela Sabesp através de instrumentos de
PH, condutividade e turbidez instalados na Estação Elevatória da Baixa Carga, além de receber, por GPRS, os valores
de PH e condutividade do efluente que chega das bombas
elevatórias externas para ser tratado pela Sabesp. Para todos os clientes, a Aquapolo disponibiliza os
sinais online de turbidez, pH, condutividade, dióxido de
cloro, vazão e pressão da água tratada recebida através de
um CLP instalado em cada cliente.
Nos cavaletes instalados em cada cliente, a Aquapolo possui dois medidores de vazão – um do lado do outro,
onde um confere os valores de medição do outro, se a
diferença entre os dois medidores for superior a 3%, os
medidores são enviados para calibração RBC.
Sempre pensando em otimizar o processo e reduzir as perdas, a equipe da Aquapolo utiliza diversos KPIs,
como consumo de energia [KW/m³], custo de energia
[R$/m³], consumo de produtos químicos[Kg/m³], Custo
de produto químico [R$/m³], disponibilidade dos equipamentos e Custos de manutenção.
A Aquapolo Ambiental conquistou recentemente
seu primeiro cliente fora do polo petroquímico do ABC,
e tem a perspectiva de conseguir novos clientes desenvolvendo, se necessário, novos ramais em sua bacia de
influência. A produção de água de reuso está se tornando
uma alternativa técnica e economicamente viável no sentido de contribuir com a superação das graves restrições
hídricas na Região Metropolitana de São Paulo. |
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